sexta-feira, outubro 31, 2008

9ª Piruetas e mentiras - Bem perto da beirada da memória


Quem voa
voa se quiser voar.
Quem deixa
deixa se quiser deixar.
Você está tentando entender demais.
Já são duas da manhã.
As coisas vão e voltam....
Você precisa saber demais.
Eu continuo delirando...
E você procurando respostas.
Tá tudo tão limpinho agora.
É tudo feito de casca e asfalto.
E eu ando meio bêbado.
Eu ando jogando palavras sem rumo
No papel do tempo....
As coisas não tem volta.
Elas sempre continuam indo.
Não vou voar nem dizer nada.
Meu português é clarinho...
Quem perde perde o que tem.
Vai ser só eu conversando sozinho
Quando você resolver sair
E desistir de tudo.
Vai me proibir de ir na escola?
Vai me proibir de conversar com meus amigos?
Vai me mandar embora do espetáculo?
O espetáculo nunca acaba.
Cansados.
Eu não entendo nada.
Eu vou morrer sozinho.
Eu vou morrer cantando.
Eu sou tão magrinho.
Eu vou caber sim.
Câmbio.

quarta-feira, outubro 22, 2008

8ª Piruetas e mentiras - Quase perdi o final da tarde


Todas as entradas.
Estradas, cinemas, valetes.
Todas as lembranças
Num amontoado de preguiça,
Cheiro de canela e Sol.
Ignoro meus achismos e outros ismos
Que não me canso de pagear.
Agora faço força pra ficar acordado.
Não faço as pazes, não deixo recados, não peço desculpas,
Não improviso mais.
Minto.
Essa é a mais pura verdade.
Deixar Maria em pânico,
Deixar Smith com ódio,
Não deixar de me divertir com as bobagens
Que persigo.
Seduzir aquela mulher,
todas elas,
amar todas elas.
Fellini, eu
e os Cineastas.